A Ryanair anunciou novos cortes na sua programação de verão de 2024 nos aeroportos de Faro e Porto, condenando veementemente a decisão do regulador da aviação português ANAC de aumentar as tarifas do monopólio aeroportuário ANA em até 17% a partir de janeiro de 2024. Com sede em Dublin, argumenta que estas tarifas injustas afetarão gravemente a conectividade, o turismo e o emprego em Portugal.
Os aumentos aprovados, rotulados de “ultrajantes” pela Ryanair, levaram a companhia aérea a reduzir a capacidade em 40 rotas nas suas bases de Faro e Porto. O monopólio aeroportuário da ANA, que não enfrenta concorrência em Portugal, foi acusado de usar a sua posição para aumentar os preços impunemente. Lisboa, em particular, deverá ver as tarifas dos passageiros aumentarem 50% até 2024, um forte contraste com a tendência nos aeroportos europeus, que reduziram as tarifas pós-Covid para estimular o tráfego e o crescimento.
A Ryanair já tomou medidas em resposta a estes aumentos, fechando a sua base de Ponta Delgada e retirando um dos seus dois voos da base da Madeira, representando uma perda de investimento de 100 milhões de dólares. O CEO da companhia aérea, Eddie Wilson, criticou o fracasso da ANA em se juntar aos seus pares europeus na redução das taxas aeroportuárias para facilitar a recuperação do tráfego e do turismo. Em vez disso, a companhia aérea argumenta que as ações da ANA prejudicarão a competitividade de Portugal e impedirão o tão necessário turismo receptivo durante a época baixa.
A Ryanair apela à ANAC para que reverta imediatamente a sua decisão e evite maiores danos à economia portuguesa. Além disso, a companhia aérea insta o governo português a reabrir a concessão do novo Aeroporto de Montejo, introduzindo concorrência para quebrar o monopólio aeroportuário ANA/VINCI e promovendo um crescimento que beneficie os cidadãos e a economia de Portugal.
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