Dezembro 24, 2024

Revista PORT.COM

Informações sobre Portugal. Selecione os assuntos que você deseja saber mais sobre no Revistaport

Portugal visa proteger jovens trabalhadores, estagiários no mercado de trabalho | Poderoso 790 KFGO

Portugal visa proteger jovens trabalhadores, estagiários no mercado de trabalho |  Poderoso 790 KFGO

Por Sérgio Concalves

Lisboa (Reuters) – O governo português pretende proteger os jovens no mercado de trabalho por meio de uma nova lei para renovar contratos de curto prazo, aumentar horas extras e demissões e proteger os níveis de salário mínimo para estagiários.

Os socialistas de centro-esquerda no poder têm maioria no parlamento, o que significa que o projeto de lei, que inclui 70 medidas trabalhistas drásticas, deve ser aprovado a partir de 1º de janeiro.

No primeiro trimestre, a taxa de desemprego em Portugal caiu para um mínimo de 20 anos de 5,9%, mas a proporção de empregos perigosos é mais alta na Europa e o desemprego juvenil está acima de 20%.

A ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, disse que 62% dos jovens trabalhadores têm contratos temporários de curto prazo arriscados, em comparação com a média da UE de 49%.

Até 2021, oito dos 10 novos contratos serão serviços de curto prazo ou essenciais para terceiros, como aplicativos de entrega sem vínculos trabalhistas permanentes.

Mendes Godinho disse que a lei vai combater “o uso indevido do trabalho temporário e o trabalho inseguro”.

“Queremos enviar uma mensagem forte aos jovens: Portugal respeita-os, queremos atrair e reter talento”, disse em conferência de imprensa.

As empresas só podem renovar contratos temporários quatro vezes seguidas, seis vezes agora, antes que os trabalhadores estejam totalmente empregados.

Trabalhadores em agências de emprego temporário não licenciadas, como funcionários sazonais, serão automaticamente integrados aos funcionários de seus empregadores reais, afirma o projeto.

As empresas serão impedidas de pagar aos estagiários menos de 80% do salário mínimo de 705 euros (US$ 756) por mês, e aqueles que atingirem 120 horas extras por ano receberão horas extras.

A indenização por demissão passará agora de 18 dias para o equivalente a 24 dias de trabalho remunerado a cada ano.

($ 1 = 0,9327 euros)

(Reportagem de Sergio Concalves; Edição de Andre Calif. E Alison Williams)