LISBOA (Reuters) – A companhia aérea portuguesa TAP decidirá o tamanho da participação que venderá assim que os rivais apresentarem suas propostas, disse o ministro das Infraestruturas, João Calamba, a uma comissão parlamentar nesta quinta-feira.
O governo português planeia vender pelo menos 51% da TAP como parte de um plano para privatizar a companhia aérea estatal em dificuldades. Acredita que encontrar um comprador privado pode aumentar a eficiência da empresa e, ao mesmo tempo, garantir a proteção da marca.
Portugal quer que os potenciais concorrentes respeitem as rotas estratégicas da TAP para o mundo de língua portuguesa, incluindo países como o Brasil, Angola e Moçambique, disse Calamba a uma comissão parlamentar.
“Não podemos definir as ações exatas (da TAP) que serão vendidas até conhecermos as propostas firmes dos concorrentes e os desenvolvimentos futuros dessas propostas”, disse Kalamba.
Disse que o governo nomeará em breve consultores financeiros e planeia aprovar a privatização até ao final deste ano, prevendo-se que o processo esteja concluído em meados de 2024.
A privatização da companhia aérea atraiu o interesse da Lufthansa (LHAG.DE), da Air France-KLM (AIRF.PA) e do proprietário da British Airways, IAG (ICAG.L).
“Devido à tendência de consolidação na Europa, a TAP é uma das últimas companhias aéreas independentes e tem hoje uma oportunidade única de escolher o seu parceiro de longo prazo”, disse Galamba.
Reportagem de Sergio Gonçalves; Edição de Charlie Devereux e Jonathan Otis
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