Portugal está a caminho de antecipar a meta de neutralidade carbónica de 2050 para 2045, dado o progresso nos transportes públicos, hidrogénio e o fim das centrais termoeléctricas a carvão, disse o primeiro-ministro António Costa na conferência COP27 em Sharm el-Sheikh, esta segunda-feira. (7 de novembro).
Costa vai fazer participar Nos dois primeiros dias da Cúpula do Clima da ONU, que termina em 18 de novembro. Ele fará um discurso na terça-feira de manhã.
“Alcançar a neutralidade de carbono até 2050 não é o único objetivo – fomos o primeiro país do mundo a definir essa meta na COP de Marrakech. [in 2016] – Mas temos que fazer todo o possível para antecipar essa decisão para 2045, conforme previsto na lei”, disse ele nesta segunda-feira.
O primeiro-ministro disse que Portugal pode cumprir a nova meta, pois conseguiu fechar suas usinas de queima de carvão dentro de dois anos.
Portugal “definiu uma estratégia nacional para o hidrogénio, que vai ajudar a indústria, que até hoje depende do gás natural”, refere, citando o outro motivo.
“A indústria pode ter uma fonte alternativa de energia. Será decisivo para que essa transição seja bem-sucedida e, com o tempo, podemos deixar de importar combustíveis fósseis e nos tornarmos exportadores de energia verde”, disse.
Em relação ao acordo franco-espanhol sobre o “Corredor Verde”, Costa o chamou de “passo fundamental”. “Todos os esforços que fazemos são muito importantes para ter sucesso e avançar o máximo possível”, disse ele.
“Com 60% da energia consumida atualmente proveniente de fontes renováveis, Portugal só consegue manter os preços da eletricidade relativamente abaixo da média europeia”, acrescentou Costa.
“Então, o objetivo é chegar ao final da legislatura [2026] 80% da energia é baseada em energias renováveis. “A solução ibérica funciona bem porque tem uma elevada proporção de energia produzida a partir de fontes renováveis, o que evita a elevada poluição dos preços da eletricidade devido aos preços do gás”, argumentou.
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