Dados mais recentes Idealista Mostra que a proporção do parque habitacional português disponível para arrendamento aumentou 81% no primeiro trimestre de 2024 face ao mesmo período de 2023.
“Algumas das iniciativas implementadas pelo anterior governo no setor da habitação parecem estar a ter impacto no mercado de arrendamento português, com um aumento significativo da oferta de habitação para arrendamento”, afirma Ruben Marques, porta-voz do Idealista. “As restrições ao alojamento local (AL), o fim do regime de residentes não habituais (RNH) e a redução do imposto sobre o rendimento podem ter contribuído para reforçar a disponibilidade de imóveis no mercado”, afirma Rúben Marcas.
Decisivo
Mas, segundo o porta-voz do Idealista, “os próximos meses serão decisivos para observar o comportamento do mercado de arrendamento, tendo em conta a evolução da conjuntura económica e política, nomeadamente o anunciado cancelamento de algumas atividades do Mais Habitação”. Uma série de restrições à AL, incluindo o arrendamento forçado de casas devolutas e o congelamento das rendas, foram recentemente prometidas pelo novo governo liderado por Luís Montenegro.
Taxas de aluguel
Arrendar casa em Portugal continua a ser caro, apesar do excesso de oferta de habitação no mercado de arrendamento: as rendas habitacionais aumentaram 2% no início de 2024 face ao trimestre anterior. Assim, o elevado custo de vida em habitações alugadas, especialmente nos grandes centros urbanos, aliado ao baixo poder de compra, pode comprometer a capacidade de realocação das famílias. No entanto, o interesse anunciado no Idealista continua, com uma média de 34 famílias interessadas em alugar cada casa.
A disponibilidade de habitação para arrendamento em Portugal aumentou em 19 das 20 capitais regionais no ano passado. A única exceção é Viana do Castelo, onde a quota caiu 2%, segundo dados do Idealista.
Mais casas para alugar
Entre as cidades onde o número de casas disponíveis para arrendar duplicou no início de 2024, Bragança (191%), Porto (129%), Leiria (128%) e Lisboa (102%) registaram os maiores aumentos na oferta de casas para alugar. e no mesmo trimestre de 2023.
As cidades com maior aumento no arrendamento habitacional neste período incluem Aveiro (99%), Praga (92%), Coimbra (84%), Castelo Branco (73%), Faro (71%), Vila Real (67%), Beja (64%), Funchal (55%), Setúbal (55%), Garda (29%), Évora (28%) e Ponta Delgada (17%).
Os menores aumentos na oferta de casas no mercado de arrendamento registaram-se em Santarém (10%), Portalegre (8%) e Viseu (3%).
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