OVIEDO, ESPANHA
O presidente do parlamento português, Augusto Santos Silva, insistiu na segunda-feira que as relações bilaterais com o Catar devem permanecer positivas após uma disputa sobre críticas aos direitos humanos.
Em declarações aos jornalistas do Qatar, Santos Silva disse que os 1.500 portugueses residentes no país do Golfo “podem ficar em paz”.
A mídia portuguesa e espanhola noticiou na semana passada que o governo do Catar convocou o embaixador português após “comentários hostis” do presidente e do primeiro-ministro de Portugal.
“O Catar não respeita os direitos humanos, mas no final vamos esquecer”, disse o presidente Marcelo Rebelo de Sousa no início da semana para focar no futebol.
“A Copa do Mundo [in Qatar], quando formos para lá, certamente não apoiaremos as violações dos direitos humanos do regime do Catar e a discriminação contra as mulheres. Vamos apoiar a seleção nacional”, disse o primeiro-ministro Antonio Costa, que visita Doha na sexta-feira.
Mas na segunda-feira, Santos Silva foi mais diplomático antes da partida Portugal-Uruguai.
Questionado sobre os direitos humanos, ele disse: “Todo país tem muito a fazer para melhorar isso e outras coisas. Isto aplica-se a todos os países incluindo Portugal.
Destacou ainda a relação “estratégica” e “positiva” de Portugal com o Qatar.
“Quando tivemos que trazer dezenas de pessoas do Afeganistão… conseguimos fazê-lo por causa do apoio do Catar. Nunca esqueceremos isso. O Catar assumiu uma posição na Assembleia Geral das Nações Unidas condenando a guerra na Ucrânia.
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