E você não terá que pagar pelo combustível no posto de gasolina porque seu carro agora funcionará de graça com a energia que você gerar. No processo, você contribui positivamente para a proteção do meio ambiente. Tudo isso graças a alguns painéis fotovoltaicos colocados em seu telhado ou em seu jardim.
Mas como diz o ditado “se algo parece bom demais para ser verdade, geralmente é”. Onde está a linha entre mito e realidade neste caso?
Antes de começarmos: Painéis solares fotovoltaicos geram eletricidade. Eles não devem ser confundidos com painéis similares de caldeiras de água que aquecem a água diretamente. Estes são interessantes, mas valem outra história.
Fora da rede ou conectado à rede
É verdade que o templo de Alaghar tem uma média de 300 dias de sol por ano. E os preços da energia estão subindo. Essa combinação faz com que muitas pessoas se perguntem se podem sair “off-grid”, enamoradas da ideia de se tornarem totalmente autossustentáveis.
Embora a última ambição certamente siga a lógica e seja tecnicamente viável, a teoria e a prática divergem ao considerar os prós e os contras de uma ampla gama de opções.
A primeira pergunta deve ser sobre motivação; O desejo de se tornar independente é baseado no medo de apagões na rede, na necessidade de ajudar a proteger o meio ambiente ou no desejo de economizar dinheiro?
Embora todos os três sejam verdadeiros, economizar dinheiro costuma ser o fator decisivo e, sendo assim, um ponto de partida lógico.
Identificar tal ponto de partida é crítico porque afeta diretamente um ingrediente básico: o número de painéis necessários.
Do ponto de vista econômico, o melhor cálculo começa com o consumo de energia em sua demanda média, não em seu pico. Isso explica: painéis modernos podem produzir cerca de 410 watts cada. Um secador de cabelo pode exigir 2000 watts. Assim, são necessários cinco painéis para alimentar um secador de cabelo em funcionamento. Mas, novamente, só se usa o secador de cabelo por alguns minutos por dia. Resumindo, do ponto de vista puramente financeiro, é mais interessante ter painéis suficientes para o consumo médio, e usar a rede como “back-up” para picos curtos acima disso.
Desconectado da rede, no entanto, aparentemente não tem essa opção de backup. Portanto, os sistemas off-grid devem sempre ser grandes o suficiente para atender toda a demanda e, portanto, ter um número significativo de painéis.
Fora da rede significa que não há energia disponível à noite ou em dias escuros, portanto, reservas de energia são necessárias nas baterias. Isso, por sua vez, exige um trabalho duplo dos painéis: fornecer energia suficiente para todas as necessidades durante o dia, enquanto fornece energia suficiente para carregar as baterias para todas as necessidades noturnas. Esta é outra razão pela qual as situações fora da rede requerem um grande número de painéis. Também é aconselhável investir em um gerador de energia caso as baterias acabem, já que não há rede de backup. Eles podem ser mais fáceis quando alguns dias escuros se seguem.
Em suma, ficar completamente fora da rede é uma opção necessária para aqueles que não conseguem uma conexão com a rede em primeiro lugar, ou pode ser uma ideia reconfortante para pessoas que desejam se sentir independentes. Mas isso requer investimentos que ainda não são totalmente justificados do ponto de vista puramente econômico.
Claro, também existe a opção híbrida de ter baterias e conexão à rede, atuando como uma espécie de backup duplo. Leia a segunda parte sobre painéis solares na edição da próxima semana.
Hans é um cidadão holandês que ajuda os fornecedores locais de sistemas fotovoltaicos a responder aos elevados e crescentes pedidos de cotação diários dos residentes do Algarve. O texto acima reflete as dúvidas e preocupações comuns que ele encontra ao aconselhar e recomendar soluções.
Ele será o palestrante convidado em um webinar organizado pela Associação NCA para a comunidade de língua holandesa em 9 de maio, a partir das 19h. Informações podem ser obtidas através de [email protected]
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