Dezembro 22, 2024

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Danny: A estrela portuguesa que governou a Rússia e o bassset no Porto

Muitos jogadores de futebol da Venezuela não terminaram de jogar Portugal Ao mesmo tempo, “o melhor meio-campista da Rússia”. Danny fez.

Esteve em todos os noticiários portugueses. O treinador do Porto, Witter Pereira, chamou-o de “sem fundamento”. Danny, meio-campista de Janet St. Petersburg e acusado, disse que faria de novo se necessário.

Que crime terrível ele cometeu? Pisando na perna de um oponente, talvez? Autopromoção descarada de produtos balísticos e uma ótima pechincha em uma faca bacana para você.

Não: Danny era como um cachorro fazendo um cachorro.

O incidente ocorreu a 28 de setembro de 2011, altura em que se realizou o jogo da fase da Liga dos Campeões frente ao Janet Porto.

Aos 72 minutos, com o Zenit já a vencer por 2-1, Danny, de 28 anos, garantiu a vitória da equipa russa numa encruzilhada. Ele correu para a esquina – perto de onde algumas das suspeitas faixas do Porto estavam cobertas – pôs-se de quatro e levantou uma perna.

Os adeptos do Porto em viagem não gostam.

Depois do jogo, os repórteres perguntaram a Danny – outrora Sporting CB, rival do Porto – sobre a festa.

Em resposta, Danny explicou que seus dois filhos pequenos “costumam me convidar para fazer uma pequena festa dançada”.

Ele explicou que esse costume em particular era uma homenagem ao novo animal de estimação da família, que sujou uma das camas das crianças.

Mas o técnico do Porto, Pereira, não ficou impressionado. “Não consideraria normal que fosse um estrangeiro, pelo menos não um português”, disse. “Quer seja desrespeitoso ou não, Danny tem que dizer.”

Por mais de dois meses, o debate sobre a micção durou.

Os comentários acusatórios de Pereira levaram o técnico de Janett Danny, Luciano Spalletti, a defender seu meio-campista cabeludo, chamando-o de “grande homem” antes do jogo reverso em Portugal.

“Eu comemorei de uma forma que foi dedicada aos meus filhotes”, Danny reiterou. “Estou com a consciência limpa. Se me disserem para fazer isso de novo amanhã, com certeza o farei.”

Quando o amanhã chegou, Danny estava anônimo. Os adeptos do Porto gritavam a cada toque seu e Spalletti admitiu que o jogador “não era ele”.

Mas o soco-coincidência do meio-campista acertou: o Porto estava confuso e o Zenith manteve o empate em 0 a 0, que, pela primeira vez na história, o levou às oitavas de final da Copa da Europa.

Substitui Ronaldo

Pode ter sido o momento mais polêmico de Danny na Europa, mas não foi o mais popular para ele. Isso aconteceu há três anos – o auge de um período de 10 dias para os portugueses.

Em 20 de agosto de 2008, Danny estreou-se por Portugal ao vencer as Ilhas Faroé por 5-0. Cristiano Ronaldo estava sendo operado no tornozelo e ingressou na equipe.

Danny merece sua ligação. Há três anos, o meia-atacante deixou o esporte por falta de minutos e o Dínamo tomou a ousada decisão de assinar por Moscou.

Na Rússia, o português de fala mansa era famoso por seus gols incríveis, com as meias penduradas no meio da canela.

O chapéu está atrasado – Danny já tem 25 anos – mas uma recompensa por ter uma chance no exterior.

Então, em 24 de agosto, quatro dias após sua estreia internacional, Danny viu fama mundial – ou talvez notoriedade – quando Janet pagou ao Dínamo 27 milhões de euros por seus serviços, quebrando o recorde do câmbio russo.

Os fãs do Zenith estavam céticos. Não devido ao ‘T’ para o ‘dínamo’ tatuado no braço do meio-campista. (Ele insistiu que significa ‘Danny’.)

Danny levou apenas cinco dias, no entanto, para dissipar essa suspeita.

No dia 29 de agosto, o Zenith, vencedor da Copa da UEFA, enfrentou o Manchester United na SuperTaça Europeia – uma apresentação difícil para os portugueses.

Mas ele ficou quieto porque tinha um rosto familiar. Crescendo na Madeira, Ronaldo teve muito em comum com Danny e viajou com o United apesar de estar lesionado. Antes da partida, o casal trocou algumas palavras.

Danny arrebatou o jogo. No segundo tempo, ele perfurou cerca de 50 jardas e Rio Ferdinand fez um gol solo no chão para dar a Janet a vantagem de 2 a 1.

Danny, campeão da Rússia

Por várias razões, Danny não conquistou muito com a seleção portuguesa.

Entre 2008 e 2016, 38 internacionalizações poderiam ter sido sugeridas de outra forma, mas as lesões o limitaram a uma grande partida: na Copa do Mundo de 2010, Portugal não marcou gols nas três partidas.

Tragicamente, ele apareceu em todas as eliminatórias de Portugal para o Euro 2016, exceto uma, e depois perdeu a final devido a uma lesão na vitória de Portugal.

Na Rússia, porém, Danny sempre se destacou – exibindo troféus por isso.

Os jogadores do Zenit São Petersburgo festejam com o troféu da Taça UEFA.  Maio de 2008.

Etapa: ‘Nós nos movíamos como uma máquina’: a história histórica da vitória do Zenit na Taça UEFA de 2008

Na altura da sua transferência para o Zenit, o então treinador Dick Advocate chamou-o de “o melhor médio da liga russa”. Muitos elogios, especialmente considerando o que estava nos livros do Zenit na época de André Arshaw.

O gerente estava certo. No final da temporada de 2008, a Federação Russa de Futebol declarou oficialmente Danny o melhor meio-campista central da liga.

E ele levou seu jogo a um novo nível no Zenith.

Em 2010, ele ganhou sua primeira medalha de prata em seu país de adoção, levantando o troféu da Rússia em maio e o título da liga em meados de novembro. Ele marcou 10 gols no campeonato e deu seis assistências e foi eleito o melhor canhoto da divisão (título ao qual ele retornará em 2014 e 2015).

Em nove temporadas em São Petersburgo, os portugueses conquistaram três títulos da liga – todos contaminados por ligamentos cruzados em três eventos distintos.

Já como jogador estrangeiro, foi capitão entre 2012 e 2017 por ter aprendido a língua russa. Mas talvez não seja tão surpreendente: Nascido na Venezuela, Danny mudou-se para a Madeira aos 15 anos; Mudanças dramáticas na natureza não pareciam impedi-lo.

Alguns ainda consideram Danny caro e exagerado, mas como ele marcou 52 gols no campeonato em 173 jogos pelo Zenit, precisamos levantar um espelho para aquele que uma vez levantou a perna.

Por Benedict O’Neill


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