A Comissão Europeia comprometeu-se a acelerar a aprovação da reestruturação do Plano Estratégico Nacional de Portugal para a implementação da Política Agrícola Comum (PAC), disse quarta-feira a Federação dos Agricultores Portugueses, quando se reuniu com o comissário da Agricultura, Janusz Wojciechowski. A bola está agora no campo do governo.
“O Comissário Europeu respondeu à nossa proposta de que a Comissão acelerasse a aprovação da reprogramação do PEPAC. [Common Agricultural Policy Strategic Plan] E prometeu mais velocidade, mas agora está nas mãos do governo”, disse Álvaro Mendonza e Moura, presidente da federação. Lusa.
Como notou Mendonça e Moura, este é um “ato de administração” que ainda pode ser aceite pelo governo em exercício e que exige, portanto, uma “reprogramação ousada”.
A Federação dos Agricultores Portugueses reuniu-se quarta-feira com Wojciechowski em Bruxelas. Pagamentos orgânicos e programas de produção integrada também estiveram na agenda.
Entretanto, o Ministério da Agricultura e Alimentação disse à Lusa que concluiu as negociações com a Comissão Europeia e que os pagamentos começariam este mês.
“O Ministério da Agricultura e Alimentação já concluiu negociações com a Comissão Europeia e chegou a uma decisão positiva para permitir pagamentos a agricultores sob regimes ambientais. [organic farming and integrated production] A partir deste mês”, lê-se numa nota enviada à Lusa.
Do lado de Bruxelas, segundo a PAC, houve o compromisso de aprovar os pagamentos “muito rapidamente”.
No entanto, “determinados procedimentos administrativos precisam de ser concluídos e a bola está de volta ao campo do governo, que tem a capacidade e o dever de resolver estas questões”.
A federação também apresentou um pedido para acabar com a obrigação de rotação de culturas numa reunião com o Comissário Europeu da Agricultura.
“Ele não só concordou, mas o comissário disse que levaria a proposta ao Colégio de Comissários. Estou muito feliz”, disse Mendonza y Moura.
Hoje, o CAP realizará uma reunião com o Comitê de Organizações Profissionais Agrícolas (COPA) sobre as operações e atividades da empresa.
A agenda de quinta-feira inclui uma reunião geral com federações agrícolas da Alemanha, Bélgica, Espanha, Itália e Países Baixos “para analisar a situação geral dos agricultores na Europa”, eurodeputados e a Representação Permanente de Portugal junto da UE (REPER).
A viagem termina na sexta-feira com uma visita a um local de produção agrícola na Flandres.
Na quinta-feira, o Conselho de Ministros aprovou uma resolução que destina 320 milhões de euros ao setor agrícola em custos de produção para reduzir os efeitos da seca e da inflação.
Contactado na altura pela Lusa, o Ministério da Agricultura e Alimentação explicou que o valor fazia parte de um pacote de apoio ao setor lançado pelo governo com mais de 400 milhões de euros de financiamento.
O resto do dinheiro refere-se ao apoio baseado na “luz verde” de Bruxelas, afirmou.
O governo anunciou um pacote de apoio de mais de 400 milhões de euros para mitigar os efeitos da seca e fortalecer o PEPAC, mas isso não impediu a oposição do sector.
(Pedro Emídio | Lusa.pt)
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