Autoridades ucranianas disseram que as forças russas intensificaram seus ataques em Donetsk, agravando as condições já difíceis para a população após a anexação ilegal de Moscou e a declaração da lei marcial na província oriental.
O governador regional da Ucrânia, Pavlo Kirilenko, disse que os ataques destruíram quase completamente as usinas de energia que servem a cidade de Pakhmut e a cidade vizinha de Soledar.
E ele informou no final da noite de sábado que o bombardeio levou à morte de um civil e a três feridos.
“A destruição acontece diariamente, se não a cada hora”, disse Kirilenko em entrevista à televisão estatal.
De acordo com a mídia local, cerca de 15.000 moradores restantes em Bakhmut vivem sob bombardeio diário, sem água ou eletricidade.
A cidade estava sob ataque há meses, mas o bombardeio se intensificou depois que as forças russas sofreram reveses durante os contra-ataques ucranianos nas regiões de Kharkiv e Kherson.
Separatistas apoiados por Moscou controlaram parte de Donetsk por quase oito anos antes da invasão russa da Ucrânia no final de fevereiro.
Proteger a república separatista proclamada pelos separatistas foi uma das justificativas do presidente russo Vladimir Putin para a invasão, e suas forças passaram meses tentando tomar toda a província.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse em seu discurso noturno em vídeo que, embora a “maior brutalidade” da Rússia estivesse concentrada na região de Donetsk, “lutas contínuas” continuaram em outros lugares ao longo da linha de frente, que se estende por mais de mil quilômetros.
Entre sábado e domingo, a Rússia lançou quatro mísseis e 19 ataques aéreos, atingindo mais de 35 aldeias em sete regiões – de Chernihiv e Kharkiv, no nordeste, a Kherson e Mykolaiv, no sul – de acordo com o gabinete do presidente.
A Rússia se concentrou em atingir sua infraestrutura de energia no mês passado, causando falta de energia e apagões em todo o país.
A capital, Kyiv, deve ver quedas de energia alternadas de hora em hora no domingo em várias partes da cidade de cerca de 3 milhões de pessoas e arredores.
Quedas de energia também foram planejadas nas regiões de Chernihiv, Cherkassy, Zhytomyr, Sumy, Kharkiv e Poltava, disse a estatal de energia ucraniana Ukringo em um post do Telegram.
Enquanto isso, a usina nuclear de Zaporizhzhya foi reconectada à rede elétrica ucraniana, informou a mídia local no domingo.
A maior usina nuclear da Europa precisa de eletricidade para manter seu sistema de refrigeração vital, mas funciona com geradores a diesel de emergência desde que o bombardeio russo cortou suas comunicações externas.
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