Por Sérgio Gonçalves
LISBOA (Reuters) – A agência reguladora de telecomunicações de Portugal disse nesta segunda-feira que está trabalhando com as operadoras para implementar uma resolução de alto nível para bloquear efetivamente os dispositivos da Huawei nas redes móveis 5G do país, apesar das objeções legais da empresa chinesa.
O Conselho CSSC é um órgão consultivo do primeiro-ministro português e, embora a sua resolução não tenha mencionado o nome da Huawei, foi vista como um golpe nos esforços do grupo chinês para entrar no mercado 5G de Portugal com redes autónomas e estender contratos em plataformas 4G. Baseado em tecnologia.
A Huawei apresentou uma ação judicial contra a decisão num tribunal de Lisboa no final de agosto, procurando “proteger os seus interesses legítimos e direitos legais perante a lei”.
As principais operadoras de Portugal, Altice, NOS e Vodafone, já afirmaram que não utilizarão equipamentos Huawei em redes principais 5G, em meio a preocupações europeias e norte-americanas de que o envolvimento chinês em infraestruturas críticas possa comprometer a segurança. Pequim e o Havai rejeitam sugestões semelhantes.
O presidente da ANACOM, João Cadete de Matos, disse que o órgão de fiscalização das telecomunicações, responsável pela implementação da resolução, “irá implementar todas as decisões tomadas em matéria de segurança, não só a nível nacional, mas também no quadro europeu”.
“Este é um trabalho em curso e estamos confiantes que será realizado com sucesso. Podemos garantir aos portugueses que estamos a trabalhar com os operadores”, acrescentou.
Sobre o caso Huawei, Matos afirmou em conferência de imprensa: “É preciso esperar pelo seu desenvolvimento, mas o mais importante é que a ANACOM atue de forma clara, atenciosa e rigorosa para cumprir o que o país espera”.
Mario Campolarco, secretário de Estado da Digitalização de Portugal, que dirige o CSSC, disse anteriormente à Reuters que a resolução alcançada em maio se baseou numa avaliação de segurança independente e rigorosa, seguindo as diretrizes da UE e não visava especificamente os fornecedores chineses.
Matos disse haver “cooperação estreita” entre o governo e a ANACOM.
(Reportagem de Sergio Gonçalves; edição de Alexander Smith)
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