LISBOA, 17 Jul (Reuters) – A petrolífera portuguesa Calpe aprovou um plano para iniciar uma planta em escala industrial para produzir biodiesel e biojet combustível usando óleos comestíveis em sua refinaria de Sines, disse o regulador ambiental de Portugal nesta segunda-feira.
A Galp pretende iniciar uma fábrica de óleo vegetal hidrogenado (HVO) na sua refinaria a sul de Lisboa com um investimento inicial de 269 milhões de euros (302 milhões de dólares).
A empresa, maior consumidora portuguesa de hidrogénio a partir do gás natural, pretende produzir gradualmente hidrogénio sem carbono através da eletrólise com recurso a energias renováveis.
O sinal verde do regulador é necessário para que a empresa tome uma decisão final de investimento.
A Galp quer acelerar os seus processos de descarbonização e prevê afetar 50% do seu investimento em atividades de baixo carbono até 2025.
Em comunicado, a agência ambiental portuguesa APA disse que a sua decisão favorável teve em conta “os impactos negativos identificados, o potencial de mitigação em geral e os impactos positivos esperados”.
A empresa referiu que pretende converter resíduos como óleos alimentares usados e gorduras animais “em combustíveis de uso corrente, de origem renovável, como o biodiesel e o biojet”, também conhecido como combustível de aviação sustentável (SAF).
Os SAFs são uma alternativa ao combustível de aviação tradicional e são considerados ecológicos porque ajudam a substituir os produtos petrolíferos sujos, ao mesmo tempo em que fornecem novos usos para os resíduos.
A APA acrescentou que a planta tem capacidade para produzir no máximo 262.700 toneladas de biodiesel por ano e 193.000 toneladas anuais de biojet e outros produtos de fontes renováveis. (US$ 1 = 0,8907 euros) (Reportagem de Sergio Gonçalves; Edição de Christina Fincher)
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