NAÇÕES UNIDAS (Reuters) – O principal advogado da Organização das Nações Unidas (ONU) retirou nesta quarta-feira um argumento russo de que o secretário-geral Antonio Guterres não pode reportar ao Conselho de Segurança as acusações ocidentais de que Moscou usou drones iranianos na Ucrânia em violação a 2015. Precisão.
A Rússia argumentou que não havia mandato para Guterres enviar especialistas da ONU à Ucrânia para inspecionar os drones abatidos. Teerã nega fornecer drones a Moscou, e a Rússia negou que suas forças tenham usado drones iranianos para atacar a Ucrânia.
Guterres se reporta ao Conselho duas vezes por ano – tradicionalmente em junho e dezembro – sobre a implementação de uma resolução do Conselho de Segurança de 2015 que consagra o acordo nuclear com o Irã. Qualquer avaliação de UAVs na Ucrânia será incluída nesse relatório.
Enquanto preparavam esses relatórios, especialistas da ONU viajaram por um longo tempo para examinar as evidências. Desde 2017, eles viajam para inspecionar armas apreendidas pela França e as ruínas de mísseis balísticos disparados contra a Arábia Saudita.
“Na ausência de mais orientações do Conselho de Segurança, o secretário-geral continuará a preparar esses relatórios da maneira como foram preparados até agora”, disse Miguel de Serpa Soares, chefe de Assuntos Jurídicos da ONU, ao Conselho de Segurança. .
Os membros ocidentais do Conselho podem bloquear qualquer tentativa da Rússia de propor novas diretrizes para Guterres.
A Rússia pediu a Serpa Soares que informasse o conselho na quarta-feira, mas a medida pareceu sair pela culatra.
O embaixador da Rússia nas Nações Unidas, Vasily Nebenzia, acusou os Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e Alemanha de violar a Carta da ONU ao tentar exercer influência sobre Guterres com pedidos por escrito para investigar o uso de drones pela Rússia na Ucrânia.
Ele disse ao Conselho de Segurança que “o Secretariado serve apenas como ponto de contato”. “O relatório do secretário-geral só pode refletir o fato de que as cartas foram recebidas.”
A Rússia disse na semana passada que reavaliaria a cooperação com Guterres se especialistas fossem enviados para inspecionar os drones. O porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, disse que os especialistas da ONU estão sempre prontos para examinar e analisar informações dos países da ONU.
Sob a resolução de 2015, a proibição de armas convencionais no Irã estava em vigor até outubro de 2020.
Mas a Ucrânia e as potências ocidentais argumentam que a decisão ainda inclui restrições a mísseis e tecnologias relacionadas até outubro de 2023 e pode incluir a exportação e compra de sistemas militares avançados, como drones.
O vice-embaixador dos EUA nas Nações Unidas, Robert Wood, chamou o argumento da Rússia de que Guterres não poderia investigar como “impressionante” e acusou Moscou de desperdiçar tempo do Conselho de Segurança “para desviar a atenção de seus erros flagrantes”.
Relatado por Michelle Nichols; Edição por Richard Bolena
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