Dezembro 27, 2024

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A crise imobiliária sueca afetará Portugal?

A crise imobiliária sueca afetará Portugal?

O número de casas vendidas no mercado sueco está a cair – 13.800 casas e 23.000 condomínios foram vendidos entre Maio e Julho. Declínio de 12% Em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados da corretora Svensk MäklarsamfundetCom os preços da habitação caindo.

Contudo, a realidade em Portugal é diferente: “Estamos longe de ser um espelho. Esta descida do imobiliário não é esperada nos próximos anos”, pensa Hugo Santos Ferreira, presidente da Associação dos Promotores e Investidores Imobiliários Portugueses (APP II), em declarações à Lusa.

Menos transações imobiliárias

A evolução dos preços e das transações no mercado imobiliário europeu, afirma o economista Joa Duque, reporta à Lusa. tendência negativa desde o quarto trimestre do ano passado.

Embora ainda exista uma variação global positiva no índice europeu de preços da habitação, Jono Duke explica que o valor calculado Eurostat Quando se comparam os níveis deste índice com o índice correspondente do ano anterior, verificam-se alguns mercados negativos: Suécia -6,9%, Alemanha -6,8%, Dinamarca -6,2% ou Finlândia -5,1%.

“O ambiente está a mudar na Europa. Um aumento nas taxas de juro reduz a procura, o que é esperado. “A questão é se a oferta é confortável mesmo que o imóvel esteja vago ou se essa condição ou aumento de juros exige uma venda urgente”, destacou.

“Na Europa, o investimento imobiliário parece estar num momento de lentidão”, nota Jono Duque, à medida que a actividade económica diminui, além de uma queda tanto nos preços do mercado imobiliário como nas transacções, o que não é um bom presságio. Procure instalações comerciais ou escritórios.

A correção do preço das casas é perigosa em Portugal?

No entanto, o economista Pedro Brinca acredita que se a Suécia é um exemplo, Portugal continua a ser uma exceção, apesar de os relatórios de Luza destacarem que “há uma correção nos mercados internacionais”.

“Não me choca que a correção de preços não tenha sido notada na Nova Zelândia, Canadá, Portugal ou outros países”, disse ele.

Hugo Santos Ferreira, os últimos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (IN) “Casas [in Portugal] Apesar das baixas classificações, continuou a aumentar de valor, o que marcou imediatamente a “diferença com a Suécia”.

“Continuamos a ter um mercado desequilibrado onde há muita procura e pouca oferta”, insiste, defendendo que “é importante não permitir que os ativos se desvalorizem”.

O presidente da APPII disse que se os valores dos imóveis começarem a diminuir, como aconteceu na Suécia – o que não espera que aconteça – a riqueza das famílias diminui, o risco económico, financeiro e bancário aumenta, e o investimento direto estrangeiro (IDE). Rejeições.

Apesar da crise imobiliária sueca, Pedro Brinca acredita que o país tem as ferramentas para responder ao desafio: “Dada a situação orçamental da Suécia, o sector tem a capacidade de intervir para lidar com qualquer problema no sector financeiro. Além disso, possui moeda própria. “Dá-lhes outro tipo de arma que Portugal não tem”, disse.