SAN FRANCISCO (AP) – A Comissão Federal de Comércio votou quinta-feira para restaurar as regras de “neutralidade da rede” que impedem provedores de Internet de banda larga como Comcast e Verizon de favorecer alguns sites e aplicativos em detrimento de outros.
Esta etapa efetivamente restaura um Sistema de neutralidade da rede A comissão foi emitida pela primeira vez em 2015, durante a administração Obama. Em 2017, sob o então presidente Donald Trump, criou a Comissão Federal de Comunicações (FCC). Ele aboliu essas regras.
A medida foi aprovada na quinta-feira por 3 votos a 2 segundo as linhas partidárias, com os comissários democratas a favor e os republicanos contra.
A neutralidade da rede exige que os ISPs tratem todo o tráfego de forma igual, eliminando qualquer incentivo que possam ter para favorecer parceiros comerciais ou restringir concorrentes. Conhecimento Geral do Grupo de Interesse Público Descrever A neutralidade da rede é “o princípio de que a empresa que conecta você à Internet não pode controlar o que você faz na Internet”.
As regras proíbem, por exemplo, práticas que limitem ou bloqueiem determinados sites ou aplicativos, ou que reservem velocidades mais rápidas para serviços ou clientes dispostos a pagar mais por eles.
“Num mundo pós-pandemia, sabemos que a banda larga é uma necessidade, não um luxo”, disse a presidente da FCC, Jessica Rosenworcel, num comunicado antes da votação.
Embora já tenham se passado quase sete anos desde que a FCC revogou as regras anteriores de neutralidade da rede, não se espera que restabelecê-las altere significativamente a experiência online dos usuários. John Bergmeier, diretor jurídico da Public Knowledge, atribui isto aos muitos estados que aprovaram as suas próprias medidas de neutralidade da rede antes de 2015, todas as quais permaneceram em vigor quando a FCC reverteu o curso dois anos mais tarde, após a eleição de Trump.
“Alguns dos piores abusos de todos os tempos (provedores de internet) foram controlados por meio de censura em nível estadual”, disse Bergmeier.
Estados como a Califórnia foram mais longe do que a FCC – por exemplo, ao proibir uma prática chamada “classificação zero”. Aqui, por exemplo, um fornecedor de serviços móveis pode celebrar um acordo comercial para orientar os utilizadores para um determinado serviço de streaming, renunciando a quaisquer tarifas de dados associadas. Outros estados com fortes regras de neutralidade incluem Colorado, Maine, Oregon, Vermont e Washington, segundo Bergmeier.
A indústria das telecomunicações opôs-se à reintrodução das regras federais, como já fez antes, declarando-as um exemplo de interferência desnecessária do governo nas decisões empresariais.
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