MILÃO (Reuters) – Um navio com cerca de 400 pessoas a bordo navegando entre a Grécia e Malta está entrando na água, informou o serviço de apoio Alarmphone neste domingo, após um forte aumento no número de barcos de migrantes que cruzam o Mediterrâneo vindos do norte da África.
O telefone de alarme disse no Twitter que eles receberam uma ligação do barco que partiu de Tobruk, na Líbia, durante a noite e que notificaram as autoridades. Mas acrescentaram que as autoridades ainda não lançaram uma operação de resgate.
O telefone de alarme disse que o barco está agora na área de Busca e Resgate (SAR) de Malta.
A ONG alemã Sea-Watch International disse em sua conta no Twitter que encontrou o barco e nas proximidades de duas embarcações comerciais.
Ele disse que as autoridades maltesas ordenaram que os navios não realizassem uma operação de resgate e que apenas um deles foi solicitado a reabastecer.
As autoridades maltesas não puderam ser imediatamente contatadas para comentar.
As pessoas a bordo entraram em pânico, muitas precisando de atenção médica, disse o telefone de alarme. Eles disseram que o navio ficou sem combustível e seu convés inferior estava cheio de água, enquanto o capitão havia partido e não havia ninguém que pudesse dirigir o barco.
Outra ONG, a German Rescue, disse no domingo que pelo menos 23 migrantes morreram durante a noite no Mediterrâneo em outro acidente por afogamento.
Ela disse no Twitter que a ONG encontrou 25 pessoas na água durante uma operação de resgate, e sua equipe conseguiu retirar 22 sobreviventes e dois corpos, apesar de ter sido informada de que outras 20 pessoas já haviam se afogado.
Na semana passada, a embarcação GeoParents da instituição de caridade Médicos Sem Fronteiras (MSF) resgatou 440 migrantes na costa de Malta após uma complexa operação de 11 horas em mares tempestuosos.
Pelo menos 23 imigrantes africanos estão desaparecidos e quatro morreram no sábado depois que seus barcos afundaram na Tunísia enquanto tentavam chegar à Itália.
Reportagem de Giulio Piovaccari; Reportagem adicional de Christopher Sciclona em Valletta; Redação de Giulio Piovaccari; Edição de Toby Chopra e Barbara Lewis
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